LIMITES E POSSIBILIDADES HISTÓRICAS À EDUCAÇÃO OMNILATERAL
Resumo
Este artigo analisa os limites e as possibilidades históricas à educação omnilateral. Trata-se de um ensaio teórico-filosófico sobre o conceito de educação omnilateral. Partindo da atividade humana em geral e concebendo o trabalho como princípio e processo educativo, esta abordagem de educação vincula de forma dinâmica e concreta três dimensões constitutivas da atividade humana em geral e do trabalho: ontológica, gnosiológica e teleológica/axiológica. Submetida aos limites históricos da parcelização e da alienação do trabalho, a educação institui-se na unilateralidade, concebida, predominantemente, como processos de transmissão de conhecimentos abstratamente considerados, de preparação para o trabalho subordinado ou mesmo de mecanismo social de inculcação moral. Entretanto, ao vincular-se às práticas produtivas, à consciência e definição dos fins das ações humanas, ao domínio intelectual, abre-se para a possibilidade de um processo de formação humana em todas as dimensões, para a transformação e a emancipação do ser humano em seu devenir histórico, constituindo-se em uma educação omnilateral.
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