OVINOS ALIMENTADOS COM BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR TRATADO COM AMÔNIA ANIDRA
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqvet.v17i4.5029Resumo
Entre os co-produtos existentes, o bagaço de cana-de-açúcar merece destaque, visto que são produzidas, anualmente no país, cerca de 75 milhões de toneladas por ano. Este bagaço proveniente de usinas de açúcar, álcool ou aguardente constitui um problema, por ser pouco utilizado, sendo muitas vezes queimado ao ar livre, enquanto poderia ser usado na alimentação de ruminantes. Neste estudo, objetivou-se avaliar o efeito da adição da amônia anidra (NH3) sobre o valor nutritivo do bagaço de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) em quatro carneiros adultos machos, castrados, sem raça definida, com peso inicial de 40,75 kg mantidos em gaiolas individuais de metabolismo, com sal mineralizado e água ad libitum. Quatro dietas isoproteicas, foram testadas e fornecidas aos animais em um delineamento em quadrado latino 4x4, sendo: Dieta 1 – Bagaço de cana-de-açúcar “in natura”, Dieta 2 - Bagaço de cana-de-açúcar + 2% de NH3, com base na matéria seca (MS), Dieta 3 - Bagaço de cana-de-açúcar + 3% de NH3, com base na MS, Dieta 4 - Bagaço de cana-de-açúcar + 4% de NH3, com base na MS. As dietas eram fornecidas duas vezes ao dia no período da manhã e tarde sempre nos horários de oito e 16 horas, respectivamente. Para a determinação da digestibilidade aparente utilizaram-se bolsas coletoras de fezes e as amostras do alimento e sobras eram mensuradas diariamente. A coleta da urina foi realizada utilizando-se baldes localizados sob as gaiolas de metabolismo, cujos baldes continham 100 mL de ácido clorídrico (HCL 2N) para prevenir fermentação e perda de nitrogênio. As amostras coletadas dos alimentos, sobras, fezes e urina foram acondicionadas em recipientes plásticos e conservadas em refrigeração, separando-se as amostras por tratamento e período experimental. Após descongelamento, as amostras de fezes, da dieta e suas respectivas sobras foram pré-secas em estufa a 55° C durante 72 horas, e posteriormente, moídas em moinha com peneira de malha 1,00 mm. As amostras de urina foram previamente desidratadas em estufa a 55° C acondicionadas em recipientes plásticos e posteriormente colocadas em calorímetro, para determinação do conteúdo energético. Os resultados do consumo e digestibilidade foram submetidos à análise de variância, seguido de pós Teste Student-Newman-Kewls com nível de significância de 5%. O consumo e digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), energia bruta (EB) e energia metabolizável (EM) não diferiu entre os tratamentos (P>0,05). A digestibilidade e o consumo expresso em (g/kg0,75) da fibra em detergente neutro (FDN) foram de 51,1 e 17,2; 50,9 e 26,1; 52,14 e 19,2; 58,3 e 21,0. A digestibilidade da fibra em detergente ácido (FDA) no tratamento com 4% de NH3 foi superior (59,5%) ao tratamento sem adição de NH3 (50,9%). A digestibilidade da celulose no tratamento sem adição de NH3 foi inferior (56,3%) ao tratamento com 4% de NH3 (64,57%). Nas condições desse estudo, conclui-se que a amonização do bagaço de cana-de-açúcar provocou alterações na fração fibrosa do volumoso e contribuiu para o aumento dos coeficientes de digestibilidade e consumo da fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido e celulose.Downloads
Publicado
22-04-2015
Como Citar
COSTA, Dayana Alves da; SALIBA, Eloísa de Oliveira Simões; SANTANA, Antônio Arnaldo Costa. OVINOS ALIMENTADOS COM BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR TRATADO COM AMÔNIA ANIDRA. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR, [S. l.], v. 17, n. 4, 2015. DOI: 10.25110/arqvet.v17i4.5029. Disponível em: https://unipar.openjournalsolutions.com.br/index.php/veterinaria/article/view/5029. Acesso em: 21 nov. 2024.
Edição
Seção
Resumo de Tese ou Dissertação