AVALIAÇÃO DOS REPELENTES: EFEITOS NA SAÚDE HUMANA
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-066Palavras-chave:
Repelente, Saúde Humana, Princípio AtivoResumo
Este artigo teve como objetivo avaliar os efeitos do uso de repelentes na população brasileira. Para alcançar o objetivo proposto, foram utilizadas as metodologias da revisão de literatura e a pesquisa documental junto à ANVISA referentes aos repelentes registrados e comercializados no Brasil. De acordo com a RDC nº 7 de 2015 da ANVISA, os repelentes são classificados como produtos de Grau 2, compostos por Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Nessa categoria, constatou-se a existência de 113 produtos registrados para comercialização no Brasil. Verificou-se que, apesar do aumento do consumo devido às doenças causadas por picada dos mosquitos Aedes aegypti, a maioria dos repelentes comercializados possuem como princípio ativo as substâncias DEET, Icaridina ou IR3535, não resultando em reações tóxicas relevantes para a população, visto que, essas substâncias são de baixa toxicidade ou atóxicas, como é o caso do IR3535. Faz-se necessário considerar que o uso desses produtos deve seguir rigorosamente as orientações dos fabricantes disponíveis nos rótulos das embalagens no que tange à aplicação, reaplicação, frequência e uso específico para crianças, gestantes e lactantes. No que se refere à eficácia, a Icaridina apresenta-se como mais eficaz que o IR3535 quando considerados os fatores tempo de proteção versus concentração do princípio ativo. Entretanto, a Icaridina, em alguns casos, pode apresentar moderada toxicidade, enquanto que, o IR3535 é atóxico. Observa-se ainda, que mesmo diante desse cenário, o DEET é o mais comercializado e amplamente estudado no país.
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