AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE (PIM II), FUNCIONALIDADE (FSS) E DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (BSA) NOS IMPACTOS E DESFECHOS DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR EM UTIP

Autores

  • Gisele da Silva Peixoto Zandoná
  • Meyrilane Vicente de Láias Moreira
  • Elias Silva de Medeiros
  • Marcio Eduardo de Barros
  • Idalina Cristina Ferrari
  • Renata Marona Praça Longhi
  • Jair Rosa dos Santos
  • Luana Maria Tassoni Ferro
  • João Guilherme Giancursi Tedde
  • Fabio Juliano Negrão

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.%20v27i5.2023-021

Palavras-chave:

Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica, Tempo de Internação, Status Funcional, Mortalidade da Criança, Ventilação Mecânica

Resumo

Objetivo: identificar o perfil de admissões e o impacto nos desfechos de crianças internadas em uma terapia intensiva pediátrica e comparar os escores de gravidade, funcionalidade e de desconforto respiratório avaliados respectivamente pelas escalas (PIM II, FSS e BSA). Métodos: Estudo de caráter descritivo, retrospectivo, quantitativo de amostragem censitária. Ferramentas de avaliação: Pediatric Index of Mortality - PIM II, Functional Status Scoret -FSS, Boletim de Silverman-Andersen -BSA e avaliação de prontuários médicos e assistenciais. Resultados: 257 crianças menores de 12 anos foram incluídas no estudo durante todo o ano de 2019. A maioria 56% (n 143) eram menores de um ano e masculino 64 % (n 164) por causas respiratórias 60,05 % (n 155).  A mortalidade foi de 9,8% (n 25), e a quantidade média de dias de ventilação mecânica foi de 4,57 dias ± 1,31. A idade não influenciou na quantidade de dias de ventilação mecânica (p<0.05), e o BSA avaliado isoladamente, não se associou a necessidade imediata de intubação (p<0.05), os pacientes do desfecho óbito ficaram em média 8,88 e ±13,04 dias internados, e no desfecho alta 4,73 ±6,63 dias. O PIM II pode ser utilizado para o risco de óbito (p <0,05) e valores maiores ou iguais a 21,58 % foram associados a óbitos e menores ou iguais a 6,65 % foram associados à alta. A FSS dos 257 pacientes na admissão foram: normal (147), disfunção leve (37), moderada (47) e grave (26); na alta hospitalar a FSS foi: normal (178), leve (21), moderada (25) e grave (8) mostrando que grau de funcionalidade normal e leve na admissão esta significativamente associado com a alta hospitalar (p< 0,001). Conclusão: O escore de gravidade PIM II foram compatíveis com os desfechos óbito ou alta, as variações no escore BSA para necessidade de ventilação mecânica não estão associados com a idade e com grau do escore. A funcionalidade mais adequada na admissão está associada ao desfecho alta, e os pacientes em sua maioria saem funcionais.

Referências

AHMED, O. Z. et al. Change in functional status among children treated in the inten-sive care unit after injury. The Journal of Trauma and Acute Care Surgery, v. 86, n. 5, p. 810–816, maio 2019.

ALVES, M. V. M. F. F. et al. Perfil dos pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital escola do interior de São Paulo DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v13i2.21912. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 13, n. 2, p. 294–301, 8 maio 2014.

AUNG, Y. N. et al. Determining the Cost and Length of Stay at Intensive Care Units and the Factors Influencing Them in a Teaching Hospital in Malaysia. Value in Health Regional Issues, v. 21, p. 149–156, 1 maio 2020.

BASTOS, V. C. DE S. et al. Versão brasileira da Functional Status Scale pediátrica: tradução e adaptação transcultural. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 30, n. 3, p. 301–307, 2018.

BATURA, N. et al. How effective and cost-effective are behaviour change interven-tions in improving the prescription and use of antibiotics in low-income and middle-income countries? A protocol for a systematic review. BMJ Open, v. 8, n. 5, 14 maio 2018.

BICER, S. et al. Virological and clinical characterizations of respiratory infections in hospitalized children. Italian Journal of Pediatrics, v. 39, p. 22, 27 mar. 2013.

BRANDÃO, M. B. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO ESCORE PEDIATRIC INDEX OF MORTALITY II NA PREDIÇÃO DE MORTALIDADE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA. p. 134, [s.d.].

CHOI, Y.-B. et al. Impact of Prolonged Mechanical Ventilation in Very Low Birth Weight Infants: Results From a National Cohort Study. The Journal of Pediatrics, v. 194, p. 34- 39.e3, 2018.

CHOMTON, M. et al. Ventilator-Associated Pneumonia and Events in Pediatric Inten-sive Care: A Single Center Study. Pediatric Critical Care Medicine: A Journal of the Society of Critical Care Medicine and the World Federation of Pediatric Intensive and Critical Care Societies, v. 19, n. 12, p. 1106–1113, 2018.

COLLINS, C. D. et al. Analysis to determine cost-effectiveness of procalcitonin-guided antibiotic use in adult patients with suspected bacterial infection and sepsis. American journal of health-system pharmacy: AJHP: official journal of the American Society of Health-System Pharmacists, v. 76, n. 16, p. 1219–1225, 1 ago. 2019.

CAMPANA et al. Prevalência de comorbidades em indivíduos infectados por COVID 19 em um município de porte médio. Arquivos de Ciências da Saúdeda UNIPAR,Umuarama, v.27, n.1, p.121-134, 2023.

DA FONSECA, J. G.; FERREIRA, A. R. Application of the Pediatric Index of Mortal-ity 2 in pediatric patients with complex chronic conditions. Jornal de Pediatria (Versão em Português), v. 90, n. 5, p. 506–511, 2014.

EINLOFT, P. R. et al. Perfil epidemiológico de dezesseis anos de uma unidade de tera-pia intensiva pediátrica. Revista de Saúde Pública, v. 36, n. 6, p. 728–733, dez. 2002.

FISER, D. H. et al. Relationship of pediatric overall performance category and pediatric cerebral performance category scores at pediatric intensive care unit discharge with out-come measures collected at hospital discharge and 1- and 6-month follow-up assess-ments. Critical Care Medicine, v. 28, n. 7, p. 2616–2620, jul. 2000.

FONSECA, J. G. DA et al. Application of the Pediatric Index of Mortality 2 in pediat-ric patients with complex chronic conditions,. Jornal de Pediatria, v. 90, n. 5, p. 506–511, out. 2014.

FRANÇA, E. B. et al. Principais causas da mortalidade na infância no Brasil, em 1990 e 2015: estimativas do estudo de Carga Global de Doença. Revista Brasileira de Epide-miologia, v. 20, n. suppl 1, p. 46–60, maio 2017.

GULLA, K. M.; SACHDEV, A. Illness severity and organ dysfunction scoring in Pedi-atric Intensive Care Unit. Indian Journal of Critical Care Medicine : Peer-reviewed, Official Publication of Indian Society of Critical Care Medicine, v. 20, n. 1, p. 27–35, 2016.

LANETZKI, C. S. et al. The epidemiological profile of Pediatric Intensive Care Center at Hospital Israelita Albert Einstein. Einstein (São Paulo), v. 10, n. 1, p. 16–21, mar. 2012.

MADURGA REVILLA, P. et al. Functional progression of patients with neurological diseases in a tertiary paediatric intensive care unit: Our experience. Neurologia (Barce-lona, Spain), v. 35, n. 6, p. 381–394, ago. 2020.

MARTHA, V. F. et al. Comparação entre dois escores de prognóstico (PRISM e PIM) em unidade de terapia intensiva pediátrica. Jornal de Pediatria, v. 81, n. 3, jun. 2005.

MENDONÇA, J. G. DE et al. Perfil das internações em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica do Sistema Único de Saúde no estado de Pernambuco, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, n. 3, p. 907–916, mar. 2019.

Ministério da Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_02_2010.html>. Acesso em: 17 ago. 2020.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, S. DE A. À S. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. Atenção à Saúde do Recém-Nascido, v. 1, n. 2, p. 194, 2014.

NANDA, D. et al. A new clinical respiratory distress score for surfactant therapy in pre-term infants with respiratory distress. European Journal of Pediatrics, v. 179, n. 4, p. 603–610, 2020.

O Projeto - UTIs Brasileiras. Disponível em: <http://www.utisbrasileiras.com.br/o-projeto/>. Acesso em: 4 ago. 2020.

ONG, C. et al. Functional Outcomes and Physical Impairments in Pediatric Critical Care Survivors: A Scoping Review*. Pediatric Critical Care Medicine, v. 17, n. 5, p. e247–e259, 2016.

PEREIRA, G. A. et al. Functional Status Scale: Cross-Cultural Adaptation and Valida-tion in Brazil. Pediatric Critical Care Medicine, v. 20, n. 10, p. e457, 2019.

POLLACK, M. M. et al. Relationship Between the Functional Status Scale and the Pe-diatric Overall Performance Category and Pediatric Cerebral Performance Category Scales FREE. JAMA pediatrics, v. 168, n. 7, p. 671–676, jul. 2014.

SHI, T. et al. Global, regional, and national disease burden estimates of acute lower res-piratory infections due to respiratory syncytial virus in young children in 2015: a sys-tematic review and modelling study. The Lancet, v. 390, n. 10098, p. 946–958, set. 2017.

SILVERMAN, W. A.; ANDERSEN, D. H. A controlled clinical trial of effects of wa-ter mist on obstructive respiratory signs, death rate and necropsy findings among prema-ture infants. Pediatrics, v. 17, n. 1, p. 1–10, 1956.

SLATER, A. et al. PIM2: a revised version of the Paediatric Index of Mortality. Inten-sive Care Medicine, v. 29, n. 2, p. 278–285, fev. 2003.

VAN DER SCHAAF, M. et al. Poor functional status immediately after discharge from an intensive care unit. Disability and Rehabilitation, v. 30, n. 23, p. 1812–1818, 1 jan. 2008.

YOUSEF, R. A.; EL GENDY, F. M.; ABD EL AZIZ, A. A. Prognostic scoring sys-tems in pediatric ICUs: pediatric risk of mortality III versus pediatric index of mortality 2. Alexandria Journal of Pediatrics, v. 32, n. 1, p. 27, 2019.

Downloads

Publicado

18-05-2023

Como Citar

ZANDONÁ, Gisele da Silva Peixoto et al. AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE (PIM II), FUNCIONALIDADE (FSS) E DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (BSA) NOS IMPACTOS E DESFECHOS DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR EM UTIP. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 5, p. 2451–2473, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude. v27i5.2023-021. Disponível em: https://unipar.openjournalsolutions.com.br/index.php/saude/article/view/9807. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos