ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DESCRITIVO DOS CASOS NOTIFICADOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DE GOIÁS NO PERÍODO DE 2011 A 2020
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i2.2023-022Palavras-chave:
Epidemiologia, Leishmania, NotificaçãoResumo
A leishmaniose visceral, conhecida também como calazar, trata-se da forma mais grave das leishmanioses por ser uma enfermidade sistêmica e com um grande espectro clínico e um caráter irregular. Desse modo, objetivou-se avaliar a situação epidemiológica da leishmaniose visceral no Estado de Goiás, bem como o caráter dessa doença e o perfil mais atingido. Para isso, foi realizada uma pesquisa retrospectiva compreendendo o período de 2012 a 2021, com os casos notificados de leishmaniose visceral no Estado de Goiás. A busca pelos dados ocorreu por meio dos SINAN/DATASUS do Ministério da Saúde. Os dados encontrados foram tabulados e analisados por meio do programa Excel da Microsoft®. No período avaliado, foram notificados 388 casos de LV em Goiás, distribuídos em 47 municípios goianos. 66,23% das ocorrências pertenciam ao sexo masculino; 25,51% eram adultos com idade entre 20-39 anos; 74,48% eram moradores da zona urbana; além disso, 9,27% do total de casos notificados em Goiás evoluíram para óbito. Há ainda uma a taxa de coinfecção LV/HIV de 12,11% do total de casos notificados. Constatou-se, portanto, que algumas localidades possuem registros consequentes de LV, levando a existência de áreas endêmicas no estado. Existe um perfil de acometimento em Goiás, no período de análise, direcionado para o sexo masculino, de cor parda, jovens adultos, com baixa escolaridade, vivendo nas cidades e grandes centros urbanos. Destaca-se o elevado quantitativo de dados identificados como ignorado/branco, que podem interferir significativmente em análises epidemiológicas.
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