SÍNDROME DE BURNOUT E ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v26i3.2022.9003

Resumo

No panorama da pandemia da Covid-19 surgiu a necessidade em diversas áreas do conhecimento de buscar entender os impactos desse cenário nas pessoas, além da busca de estratégias para mitigar estes impactos deletérios à saúde e ao bem-estar pessoal de diversos grupos sociais. O distanciamento social adotado como medida sanitária mostrou-se efetivo para abrandar a contaminação da doença, mas também trouxe algumas implicações a nível psicológico, não apenas na população adulta, mas também entre os adolescentes. Uma delas foi a escalada dos níveis de estresse devido a uma nova rotina de isolamento social e ensino remoto, que por sua vez, pode implicar diretamente na incidência da síndrome de burnout entre os jovens, assim como em adultos. O objetivo desse estudo foi analisar a relação entre o nível de atividade física e os sintomas de burnout durante o isolamento social ocasionado pela pandemia da Covid-19 entre adolescentes. A amostra do estudo foi constituída de adolescentes com idades entre 15 e 17 anos. Foram aplicados de maneira remota os questionários MBI-SS (Maslach Burnout Inventory – Student Survey) e o QAFA (Questionário de Atividade Física para o Adolescente), que possibilitaram analisar respectivamente, os indicativos de burnout e o nível de atividade física da amostra, além de um questionário semiestruturado que forneceu informações como tempo de tela e motivação para prática de atividade física, por exemplo. Os resultados indicaram que em relação à síndrome de burnout, os indivíduos fisicamente mais ativos têm 2 vezes menos chances de apresentar sintomas da síndrome em detrimento ao insuficientemente ativos. Observou-se qualitativamente, através do questionário semiestruturado, um elevado tempo de tela e uma diminuição na prática regular de atividade física, no contexto do primeiro ano de pandemia. Com estes achados, conclui-se que a atividade física pode ser um elemento diretamente influente na apresentação dos sintomas da síndrome de burnout entre adolescentes. Esta relação pôde ser evidenciada no contexto do primeiro ano de pandemia, onde foram fechados diversos espaços públicos destinados à prática de atividade física e lazer, além das escolas onde esses jovens tinham acesso às aulas de educação física.

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Publicado

26-12-2022

Como Citar

VILAR, Lucas Henrique; DAMASCENO, Vinicius de Oliveira; COSTA, André dos Santos. SÍNDROME DE BURNOUT E ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 26, n. 3, 2022. DOI: 10.25110/arqsaude.v26i3.2022.9003. Disponível em: https://unipar.openjournalsolutions.com.br/index.php/saude/article/view/9003. Acesso em: 21 dez. 2024.

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Seção

Artigos