CONHECIMENTO ETNOBOTÂNICO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS, UTILIZADAS POR MORADORES DE UMA CIDADE RIBEIRINHA NO INTERIOR DO ESTADO DO AMAZONAS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v26i1.2022.8378Resumo
A utilização de plantas medicinais é uma das práticas mais antigas utilizadas pelo homem e, apesar da evolução do conhecimento científico, este costume ainda é muito frequentemente praticado entre os habitantes de comunidades e municípios do interior, principalmente em regiões com baixo desenvolvimento humano. O objetivo desse trabalho foi realizar um estudo etnobotânico sobre as plantas medicinais utilizadas pelos moradores de um bairro localizado numa cidade ribeirinha no interior do Estado do Amazonas. Participaram do estudo 100 indivíduos, e os dados obtidos pela pesquisa foram compilados por meio de um formulário contendo 14 questões objetivas e discursivas. Os resultados demonstraram que 95,0% dos moradores fazem uso de plantas medicinais. Foram citadas 92 espécies que pertencem a 50 famílias botânicas, com destaque para a Lamiaceae. As plantas mais citadas foram: Vernonia condensata (boldo) 6,1%, Citrus sinensis (laranjeira) 5,8% e Allium sativum (alho) 4,7%. No entanto, quando analisado o índice de concordância (porcentagem de uso principal = CUP) a laranjeira apresenta um CUP de 80,9%, seguida de Vernonia condensata (boldo) e Chenopodium ambrosioides (mastruz) (68,1 e 61,5%, respectivamente). Com relação ao modo de preparo, 61,1% citaram infusão, e a principal enfermidade tratada foi dores de estômago com 13,1%. É importante enfatizar a necessidade de mais estudos acerca dos reais benefícios destas ervas, a fim de que as divulgações dessas informações venham complementar o conhecimento empírico já difundido na população local e, desta forma, ampliar o conhecimento etnobotânico e consequentemente promover saúde e bem-estar.
Palavras chaves: Etnobotânica, Plantas Medicinais, Fitoterápicos.
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