MORTALIDADE POR TUBERCULOSE: MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS DE MATO GROSSO DO SUL, 1999-2008
Resumo
Apesar de todos os investimentos das autoridades de saúde e dos avanços no conhecimento científico, a tuberculose continua sendo considerada um grave problema de saúde pública. Objetivando estudar a mortalidade por tuberculose como causa básica ou associada de óbito, nos municípios prioritários de Mato Grosso do Sul, no período de dez anos foram utilizados dados do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de notificação (SINAN). As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, forma clínica e local de ocorrência do óbito. Os coeficientes de mortalidade por tuberculose oscilaram durante o período de estudo nos municípios prioritários. Amambai registrou o maior coeficiente e o sexo masculino representou 72% do total de óbitos. A faixa etária de 40 a 59 anos concentrou maior índice de mortalidade por tuberculose, 34,8%. Segundo a raça/cor a maior porcentagem (46,1%) eram pardos. A forma clínica pulmonar esteve presente em 89% dos casos e 83% falecerem em hospitais. Apenas 53% dos óbitos registrados no SIM possuíam notificação no Sinan e desses 67% realizaram baciloscopia e 40% receberam tratamento supervisionado. Dos casos notificados 37% realizaram exame sorológico para a infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida e 10,1% foram positivos. A análise conjunta das causas múltiplas de óbito por tuberculose demonstra necessidade de discussões mais abrangentes a respeito da tendência da doença para o óbito, aponta falhas no processo de notificação e revela a importância de reavaliação dos procedimentos adotados como medidas de controle nos municípios prioritários de Mato Grosso do Sul.Downloads
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