Avaliação dos hábitos alimentares e dos dados antropométricos de dependentes químicos
Resumo
A dependência química nos dias atuais coloca-se como um grave problema de saúde pública com conseqüênciassociais amplas, afetando sobremaneira a ingestão de alimentos. Com o intuito de contribuir nos estudos do tema este
trabalho objetivou avaliar o estado nutricional (IMC) e os hábitos alimentares dos dependentes químicos em tratamento num
estabelecimento de recuperação em Maringá/Pr. Foram realizadas: (a) avaliação antropométrica (peso, altura e relação cintura/
quadril); (b) aplicação de questionário e, (c) avaliação da freqüência alimentar. Avaliaram-se 52 dependentes químicos do
sexo masculino, destes 42,31% tinham menos de 22 anos. De acordo com o IMC, 76,92% eram eutrófi cos, 1,92% indivíduo
desnutrido, 1,92% obeso mórbido e o restante, 19,23%, apresentou sobrepeso. O nível de escolaridade foi muito baixo; 40,38%
tinham somente o 1o grau completo e 7,69% possuíam o 3o grau incompleto. As drogas mais consumidas foram: álcool,
maconha, cocaína, solventes, crack e anfetaminas. Para 98,08% dos entrevistados os hábitos alimentares foram afetados
pelo uso das drogas. Quando não estavam sob seus efeitos, a grande maioria fazia de 2-3 refeições diárias, principalmente,
almoço, jantar e café da manhã. Cerca de 80,00% dos entrevistados demonstrou desconhecimento sobre conceitos básicos de
nutrição. Os alimentos mais consumidos diariamente foram: arroz, café, feijão, pães. Legumes crus e cozidos, frutas, peixe,
frango, carnes suína e bovina, leite, queijos, ovos e frituras, foram consumidos menos freqüentemente. Concluindo, além da
alteração no apetite causada pela droga, os alimentos consumidos eram pobres em vitaminas, minerais, lipídios e proteínas,
podendo levar à desnutrição ou subnutrição dos dependentes de droga.
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