PROPRIEDADE ANTIOXIDANTE, TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DAS FOLHAS DA Anredera tucumanensis (Lillo & Hauman) Sperling, UMA PLANTA ALIMENTÍCIA NÃO CONVENCIONAL
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v29i1.2025-11166Palavras-chave:
Anredera, Bassellacea, Boussingaultia tucumanensis, Antioxidantes, Fitoquímicos, Compostos bioativos, Alimentos funcionais, Plantas alimentícias não convencionaisResumo
O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o potencial antioxidante, a toxicidade e a atividade antimicrobiana das folhas da Anredera tucumanensis (Lillo & Hauman) Sperling, uma planta alimentícia não convencional pertencente à família Basellaceae e encontrada no Sul do Brasil. A coleta do material vegetal foi realizada na região serrana do Paraná (Município de Morretes) e a identificação no Herbário do Museu Botânico Municipal de Curitiba. Após separação de folhas e caule, as folhas foram levadas à desidratação em estufa e posteriormente trituradas. Com o material seco foi realizada a extração por maceração e percolação em aparelho Soxhlet, utilizando acetona como solvente extrator. A partir do extrato cetônico foi realizado o fracionamento com solventes de polaridade crescente, obtendo as frações hexano, clorofórmio, acetato de etila e remanescente. O resíduo da amostra foi extraído com etanol a 96%, sendo obtido o extrato etanólico. Foi avaliada a propriedade antioxidante do extrato cetônico e das frações (hexano, clorofórmio, acetato de etila e remanescente), bem como do extrato etanólico pelos ensaios ABTS , DPPH e FRAP. Foram dosados os fenólicos e os flavonoides totais, e realizadas análises de toxicidade e ação antimicrobiana. O potencial antioxidante e o teor de fenólicos foi estatisticamente maior na fração clorofórmio. As amostras estudadas não apresentaram toxicidade pelos testes preliminares da Artemia salina e capacidade hemolítica, bem como não exerceram ação antimicrobiana para Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Enterococcus faecalis. Com base nos ensaios preliminares conduzidos, foi possível verificar que além da propriedade antioxidante, presença de compostos fenólicos e flavonoides, as folhas da A. tucumanensis apresentam baixa toxicidade. Esses dados reforçam a relevância da continuidade de investigações sobre composição a dessa espécie vegetal de forma a identificar seu potencial como alimento funcional e matéria-prima para o desenvolvimento de nutracêuticos.
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