TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM MULHERES QUE EXERCEM O TRABALHO SEXUAL EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v28i2.2024-11013Palavras-chave:
Profissionais do sexo, Transtornos Mentais, Determinantes Sociais da SaúdeResumo
Objetivo: avaliar a prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC) entre mulheres que exercem o trabalho sexual e os seus fatores associados. Métodos: Se trata de um estudo quantitativo, de delineamento transversal, realizado com 52 mulheres que exercem o trabalho sexual em Belo Horizonte, Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionários sobre as variáveis sociodemográficas, as características de trabalho e as respostas ao Self Report Questionnaire (SQR-20) – Traduzido. Resultados: Os achados demonstram que a prevalência de TMC na população estudada foi de 67,3% (IC95%; 55,7% - 78,9%). As variáveis sociodemográficas mais relacionadas foram a renda mensal e o número de horas trabalhadas. Em relação as categorias de saúde mental, todas tiveram diferença significativa (ps < 0,001 – 0,039) a saber: humor deprimido/ansioso, sintomas somáticos, decréscimo da energia vital (com exceção para “tem dificuldade de pensar com clareza”), pensamentos depressivos. Conclusão: Em suma, a aplicação do SQR-20 apontou alta prevalência de TMC em mulheres que exercem o trabalho sexual em Belo Horizonte, Minas Gerais. Se mostrando ser um grupo em elevado estado de vulnerabilidade para o desenvolvimento de transtornos mentais, sendo importante que políticas públicas de assistência à saúde mental sejam desenvolvidas, com enfoque em abordar as particularidades dessas mulheres e a suas condições de trabalho.
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