ODONTO +: CAPACITANDO CIRURGIÕES-DENTISTAS PARA O ATENDIMENTO DE PESSOAS VIVENDO COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v28i2.2024-10961Palavras-chave:
Saúde bucal, Educação em saúde, HIV, Aplicativos móveis, Sistema Único de SaúdeResumo
A saúde bucal é essencial para a qualidade de vida das pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a síndrome da imunodeficiência humana (Aids). No entanto, esses indivíduos ainda enfrentam barreiras significativas no acesso ao atendimento odontológico, como estigma, preconceito e falta de preparo de alguns profissionais de saúde. Este trabalho desenvolveu um protótipo de aplicativo móvel para capacitar cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde (APS) no acolhimento e atendimento das pessoas vivendo com HIV / Aids (PVHA) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O desenvolvimento deste aplicativo móvel, foi conduzido em três etapas: a) revisão bibliográfica para identificar conteúdos relevantes; b) definição de temas como enfrentamento do estigma, comunicação e sigilo; e c) desenvolvimento do protótipo em alta fidelidade na plataforma Marvel, com usabilidade para Android e iOS. A elaboração do aplicativo levou em consideração critérios como confiabilidade das informações, usabilidade, conectividade, complementaridade educativa, avaliações e recomendações. O protótipo segue o modelo de prototipagem de alta fidelidade, com um design acessível e embasado em documentos oficiais. Esses resultados enfatizam a importância dos dispositivos móveis na área da saúde e a necessidade de aprimoramentos na infraestrutura de internet nas instituições de saúde do Brasil, reforçando o papel das tecnologias móveis na educação em saúde e na superação de barreiras no atendimento odontológico às PVHA.
Referências
AMERICAN DENTAL ASSOCIATION. Department of Scientific Information, Evidence Synthesis & Translation Research, ADA Science & Research Institute, LLC. Antibiotic Prophylaxis Prior to Dental Procedures, 2022. Disponível em: [https://www.ada.org/resources/research/science-and-research-institute/oral-health-topics/antibiotic-prophylaxis]. Acesso em: 03 set. 2023.
ANDROID. Android Design Principles. [Internet], 2017. Disponível em: [http://developer.android.com/design/get-started/principles.html]. Acesso em: 22 de jul. 2023.
BRASIL. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2022, 2022. Disponível em: [https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/boletins-epidemiologicos/2022/hiv-aids/boletim_hiv_aids_-2022_internet_31-01-23.pdf/view]. Acesso em: 17 jul. 2023.
BRASIL. Lei no 12.984, de 02 de junho de 2014. Define o crime de discriminação dos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doentes de Aids. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 2 de junho de 2014; 193º da Independência e 126º da República.
BRASIL. Lei no 14.289, de 03 de janeiro de 2022. Torna obrigatória a preservação do sigilo sobre a condição de pessoa que vive com infecção pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e das hepatites crônicas (HBV e HCV) e de pessoa com hanseníase e com tuberculose, nos casos que estabelece. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 3 de janeiro de 2022; 201º da Independência e 134º da República.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. A Saúde Bucal no Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: [https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal_sistema_unico_saude.pdf]. Acesso em: 17 jul. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica, nº 17 - Saúde Bucal. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: [https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal.pdf]. Acesso em: 17 jul. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? 1ª ed. rev. Brasília, DF, 2018.
CANTUDO-CUENCA, M.; CANTUDO-CUENCA, M.; MORILLO VERDUGO, R. Availability and medical professional involvement in mobile healthcare applications related to pathophysiology and pharmacotherapy of HIV/AIDS. European Journal of Hospital Pharmacy, v. 20, p. 356–361, 2013. DOI: 10.1136/ejhpharm-2013-000340.
CORDEIRO, H. P. et al. Validação de aplicativo móvel para médicos que atendem pacientes com HIV/AIDS na atenção básica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (34), e1460-e1460, 2019.
COSTA FERMO, V. et al. Mobile applications on HIV/AIDS: a technological prospection / Aplicativos móveis sobre o HIV/aids: uma prospecção tecnológica. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, Rio de Janeiro, v. 13, p. 989–994, 2021. DOI: 10.9789/2175-5361.rpcfo.v13.9759. Disponível em: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/9759. Acesso em: 9 dez. 2024.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
DEBASTIANI, C. A. Definindo escopo em projetos de software. Novatec Editora, 2016.
ENGLAND. National Health Service. National infection prevention and control manual for England. London: National Health Service, 2022. Disponível em: [https://www.england.nhs.uk/publication/national-infection-prevention-and-control/]. Acesso em: 17 jul. 2023.
GIMBEL, S. et al. A missing link: HIV-/AIDS-related mHealth interventions for health workers in low- and middle-income countries. Current HIV/AIDS Reports, v. 15, n. 6, p. 414–422, 2018. DOI: 10.1007/s11904-018-0416-x.
LEVETT, T. et al. Access to dental care for HIV patients: does it matter and does discrimination exist? International Journal of STD & AIDS, v. 20, n. 11, p. 782-784, 2009.
NIELSEN, J. How to Conduct a Heuristic Evaluation. Nielsen Norman Group, 1995. Disponível em: [http://www.nngroup.com/search/?q=%22heuristics%22]. Acesso em 22 de Jul. de 2023.
OKALA, S. et al. The People Living with HIV STIGMA Survey UK 2015: Stigmatising experiences and dental care. British Dental Journal, v. 225, n. 2, p. 143-150, 2018.
PAROLA, G. B.; ZIHLMANN, K. F. A saúde bucal na perspectiva das pessoas vivendo com HIV/Aids: subsídios para a educação permanente de cirurgiões-dentistas. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 23, p. e180197, 2019.
PRESSMAN, R. S. Engenharia de software, uma abordagem profissional. 8ª ed. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2016.
SILVA, A. P. BARBOSA, B. J. ; CAMARGO, R. F. ; NICHIATA, L. Y. Construção de um aplicativo móvel para Profilaxia Pós-Exposição ao HIV. Acta Paul Enferm, 2021.
SILVA, R. H. et al. Aplicativos de saúde para dispositivos móveis: Uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 3, n. 5, p. 11754–11765, 2020. Disponível em: [https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16152]. Acesso em: 03 jul. 2023.
SOARES Y. K. C. et al. Efeito do uso de aplicativo móvel no conhecimento sobre vírus da imunodeficiência humana entre universitários. Rev Gaúcha Enferm. 43:e20210230, 2022.
SOUSA, L. G.; MELLO, L. G.; PITHON, M. M. Oral health in individuals with HIV/AIDS: a literature review. Journal of Applied Oral Science, v. 24, n. 2, p. 101-105, 2016.
SOUZA, E. R. Educação Permanente em Saúde: caminho para a qualificação dos serviços de saúde. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 9, n. 17, 2005.
UNAIDS. Guia de Terminologia do UNAIDS, 2017. Disponível em: [https://unaids.org.br/wpcontent/uploads/2015/06/WEB_2018_01_18_GuiaTerminologia_UNAIDS.pdf]. Acesso em: 17 jul. 2023.
ZOLFO, M. et al. Mobile learning for HIV/AIDS healthcare worker training in resource-limited settings. AIDS research and therapy, v. 7, p. 35, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1186/1742-6405-7-35. Acesso em: 9 dez. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
