TEORES DE POLIFENÓIS TOTAIS E DE UMIDADE EM AMOSTRAS DE RIZOMAS DE Limonium brasiliense
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i10.2023-029Palavras-chave:
Rizomas, Polifenóis, Controle de Qualidade, FitoterapiaResumo
O Limonium brasiliense (Boiss.) Kuntze (Plumbaginaceae), chamado popularmente de baicuru ou guaicuru é uma erva perene presente em todo litoral sul do Brasil, sendo indicada tradicionalmente para síndrome pré-menstrual e distúrbios menstruais. Essas atividades são atribuídas à presença dos polifenóis concentrados em seus rizomas, que também apresentam atividades bacteriostáticas, antioxidantes, antivirais e anti-inflamatórias. No desenvolvimento de formulações feitas a partir da droga vegetal são necessários testes de controle de qualidade durante todo o processo a fim de garantir a segurança, eficácia e qualidade da matéria-prima até sua formulação final. As metodologias utilizadas no desenvolvimento deste trabalho foram de análises físico-químicas para o controle de qualidade, análises quantitativas para determinação do teor de polifenóis totais e, por fim, uma análise comparativa entre os resultados obtidos no ano da coleta do material vegetal (2010) e das mesmas características após 13 anos da coleta, utilizando amostras do L. brasiliense com a presença de fungos ou sem nos rizomas. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo realizar o controle de qualidade comparativo dos rizomas de Limonium brasiliense coletados em 2010 em relação ao teor de polifenóis totais e de umidade em 2023. Os resultados obtidos evidenciaram a produção de polifenóis pelos fungos na amostra contaminada, além de mostrarem a qualidade de armazenagem da droga vegetal. Com isso, foi possível concluir que o teor de polifenóis totais da amostra com fungo aumentou após 13 anos da coleta, e que neste interim não houve mudanças no teor de umidade da amostra sem fungo, garantindo sua qualidade no desenvolvimento de formulações ou pesquisas futuras.
Referências
ANGELO, P. M.; JORGE, N. Compostos fenólicos em alimentos uma breve revisão. Phenolic compounds in foods — A brief review. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 66, n. 1, p. 1–9, 2007.
ANTONELLI-USHIROBIRA, T. M. et al. Morpho-anatomical study of rhizome of Limonium brasiliense. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 25, n. 4, p. 320–327, 1 jul. 2015.
BLAINSKI, A. et al. Pharmacognostic evaluation, and development and validation of a HPLC-DAD technique for gallocatechin and epigallocatechin in rhizomes from Limoni-um brasiliense. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 27, n. 2, p. 162–169, 2017.
BLAINSKI, A.; LOPES, G.; DE MELLO, J. Application and analysis of the Folin Cio-calteu method for the determination of the total phenolic content from Limonium brasil-iense L. Molecules, v. 18, n. 6, p. 6852–6865, 10 jun. 2013.
BORGES, D. B. et al. Comparação das metodologias da Farmacopéia Brasileira para determinação de água em matérias-primas vegetais, e validação da determinação de água em analisador de umidade para Calendula officinalis L., Foeniculum vulgare Miller, Ma-ytenus ilicifolia Mart. ex. Reissek e Passiflora alata Curtis. Revista Brasileira de Far-macognosia, v. 15, n. 3, p. 229–236, 2005.
BRASIL, Plantas medicinais e fitoterápicos no SUS. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/pnpmf/plantas-medicinais-e-fitoterapicos-no-sus>. Acesso em: 30 de setembro de 2023.
BRASIL. Farmacopeia Brasileira, 6ª ed., Brasília: ANVISA, 2019.
CARVALHO, L.; COSTA, J.; CARNELOSSI, M. Qualidade em plantas medicinais– Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2010. 54 p. (Documentos / Embrapa Tabuleiros Costeiros, ISSN 1517-1329; 162). Disponível em http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2010/doc_162.pdf.
ELNAGGAR, M. S. et al. Two new triterpenoids and a new naphthoquinone derivative isolated from a hard coral-derived fungus Scopulariopsis sp. Fitoterapia, v. 116, p. 126–130, 2017.
FARIAS. M. R. Avaliação da qualidade de matérias-primas vegetais. In: SIMÕES. C. M. O.; SCHENKEL. E. P.; GOSMANN. G.; MELLO. J. C. P.; MENTZ. L. A.; PETROVICK. P. R. Farmacognosia da planta ao medicamento. 5ª ed. Porto Alegre/Florianópolis: UFRGS/UFSC, 2004. p. 264-286.
GLASL. H. Zur Photometrie in der Drogenstandardisierung. 3. Gehaltsbestimmung von Gerbstoffdrogen. Deutsche Apotheker Zeitung, v. 123, p. 1979-1983, 1983.
KRUGER, R. L.; GARBIN, L.; TIUMAN, T. S. Avaliação da qualidade de plantas medicinais distribuídas por uma unidade de saúde de um município do interior do Para-ná. RECEN - Revista Ciências Exatas e Naturais, v. 15, n. 1, p. 77–94, 2013.
OLIVEIRA, A. C. DE et al. Fontes vegetais naturais de antioxidantes. Química Nova, v. 32, n. 3, p. 689–702, 2009.
PENG, J. et al. Austalides S-U, New meroterpenoids from the sponge-derived fungus Aspergillus aureolatus HDN14-107. Marine Drugs, v. 14, n. 7, p. 131, 2016.
ROCHA, L. P. B. DA et al. Uso de plantas medicinais: Histórico e relevância. Re-search, Society and Development, v. 10, n. 10, p. e44101018282, 2021.
SILVA, J. J. C. DA; LIMA, M. J. DOS S. Caracterização da droga vegetal e solução extrativa obtidos a partir de Syzygium cumini (L.) SKEELS para futuro desenvolvimen-to de formas farmacêuticas. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 5, p. 2849–2860, 2023.
SILVA, R. S.; SILVA, A. C. DA; LINHARES, J. F. P. Determinação dos teores de umidade e cinzas totais em erva-cidreira (Lippia alba) coletada na zona rural de São Luís – MA. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 9, p. 73800–73808, 2020.
SIMÕES, C. M. et al. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 486 p.
VIEGAS, C. et al. Os produtos naturais e a química medicinal moderna. Química Nova, v. 29, n. 2, p. 326–337, 2006.
ZUCUNI, L.; MARLON, P.; ARENHARDT, H. Fisiologia Vegetal 2015 Santa Maria -RS. Disponível em: <https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/11/09_fisiologia_vegetal.pdf>. Aces-so em: 10 de agosto de 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.