FATORES ASSOCIADOS A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Adriana Batista Gonçalves Gomes Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Ludmila Grego Maia Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Beatriz Maria dos Santos Santiago Ribeiro Universidade de São Paulo (USP)
  • Hugo Machado Sanchez Ludmila Grego Maia Universidade Federal de Jataí (UFJ)
  • Ana Carolina Mesquita do Nascimento Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
  • Sérgio Valverde Marques dos Santos Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Luiz Almeida da Silva Universidade Federal de Catalão (UFCAT)

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i10.2023-008

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Atenção Primária à Saúde, Enfermagem

Resumo

Objetivo: analisar os principais fatores que estão associados a qualidade de vida no trabalho de profissionais da saúde da atenção primária à saúde. Método: Estudo transversal de abordagem quantitativa, realizada com 163 trabalhadores, os quais responderam ao questionário Total Quality of Work Life-42 e a um outro sobre características sociodemográficas e laborais. Resultados: Dos respondentes 84% sexo feminino; 47,9% pardos; 55,2% casados; 55,8% com grau de escolaridade médio, 23,9% graduados e 15,5% possuíam pós-graduação. A renda foi observada correlação positiva entre renda e qualidade de vida, além de fatores pessoais como ser do sexo masculino, solteiro, tempo de trabalho no município (anos). Verificou-se que profissionais do sexo feminino apresentaram menores escores de qualidade de vida no aspecto econômico e político quando comparados aos do sexo masculino. Conclusão: Medidas devem ser tomadas para promover um ambiente laboral que mantenha a qualidade de vida no trabalho e, por sua vez, favorecer a saúde física e mental dos profissionais de atenção primária à saúde.

Referências

ALCÂNTARA, M. A.; SAMPAIO, R; F.; ASSUNÇÃO, A. A.; SILVA, F. C. M. Work ability: using structural equation modeling to assess the effects of aging, health and work on the population of Brazilian municipal employees. Work, v. 49, n. 3, p. 465–472, 2014.

ALLEN, C. D.; MCNEELY, C. A.; ORME, J. G. Self-rated health across race, ethnicity, and immigration status for US adolescents and young adults. Journal of Adolescente Health, v. 58, n.1, p. 47-56, 2016.

BARBOSA, A. C. Q.; RODRIGUES, J. M. Primeiro censo de recursos humanos da atenção primária do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: Observatório de Recursos Humanos em Saúde/ UFMG, 2006.

BITTENCOURT, M. S.; CALVO, M. C. M.; REGIS FILHO, G. I. Qualidade de vida no trabalho em serviços públicos de saúde – um estudo de caso. Revista da Faculdade de Odontologia, v. 12, n. 1, p. 21-26, jan./ abr. 2007.

BORGES, J. L.; BEZERRA, A. L. Q,; TOBIAS, G. C. Nurses professional satisfaction of a public hospital. Rev. Enferm. UFPE, v. 10, n. 8, p. 2974-2982, 2016.

BRACARENSE, C. F.; COSTA, N. S.; DUARTE, J. M. G.; FERREIRA, M. B. G.; SIMÕES, A. L. A. Qualidade de vida no trabalho: discurso dos profissionais da Estratégia Saúde da Família. Escola Anna Nery, v. 19, n. 4, p. 542-548, out./dez. 2015.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informação e gestão da atenção básica – cobertura da atenção básica. 2018.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

BRAVO, G.; POTVIN, L. Estimating the reliability of continuous measures with Cronbach's alpha or the intraclass correlation coefficient: toward the integration of two traditions. J Clin Epidemiol., v. 44(4-5), p. 381-390. 1992.

CARVALHO, M. F. S. Gestão de Pessoas: implantando qualidade de vida no trabalho sustentável nas organizações. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v. 7, n. 1, p. 1-7, 2014.

CROMBACH, L. J. Coefficiente alpha and the internal structure of tests. Psychometrika, v. 16, p. 197-333, 1951.

FERREIRA, M. B. G.; SOUZA, D. J.; FÉLIX, M. M. S.; CONTIM, D.; SIMÕES, A. L. A. Caracterização do contexto de trabalho e qualidade de vida dos profissionais de estratégia saúde da família. Cogitare Enferm., v. 20, n. 3, p. 565-572, jul/set. 2015.

HILLESHEIN, E. F.; SOUZA, L. M.; LAUTERT, L.; PAZ, A. A.; CATALAN, V. M.; TEIXEIRA, M. G.; MELLO, D. B. Capacidade para o trabalho de enfermeiros de um hospital universitário. Rev Gaúcha Enferm, v. 32, n. 3, p. 509–15, 2011.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Jataí-GO. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/jatai/panorama. Acesso em: 27 mai. 2019.

KOGIEN, M.; CEDARO, J. J. Pronto-socorro público: impactos psicossociais no domínio físico da qualidade de vida de profissionais de enfermagem. Rev Latino-Americ. Enfermagem, v. 22, n. 1, p. 51-58, fev. 2014.

KOO, T. K.; LI, M. Y. A guideline of selecting and reporting intraclass correlation coefficients for reliability research. J Chiropr Med, v. 15, n. 2, p. 155-163, 2016.

LIMA, F. S.; AMESTOY, S. C.; JACONDINO, MB.; TRINDADE, L. M.; SILVA, C. N.; FUCULO JÚNIOR, P. R. B. Exercício da liderança do enfermeiro na estratégia saúde da família. Rev. Pesqui Cuid Fundam, v. 8, n. 1, p. 3893-906, jan./mar./ 2016.

MACEDO, R. M. F.; SILVA, L. A.; TERRA, F. S.; SANTOS, S. M.V,; MIRANDA, R. R. P.; SÁ, M. D. Satisfaction level of nurses acting in family health strategy. Journal of Nursing UFPE. Recife, 2015; 9(11):9671-8.

MARQUEZE, E. C.; MORENO, C. C. Satisfação no trabalho e capacidade para o trabalho entre docentes universitários. Psicol Estud, v. 14, n. 1, p. 75–82, 2009.

MATINEZ, M. C.; PARAGUAY, A. I. B. B.; LATORRE, M. R. D. O. Relação entre satisfação com aspectos psicossociais e saúde dos trabalhadores. Rev. Saúde Pública, v. 38, n. 1, p. 55-61, 2004.

MOREIRA, I. J. B.; HORTA, J. A.; DURO, L. N.; BORGES, D. T.; CRISTOFARI, A. B.; CHAVES, J.; BASSANI, D. C. H.; CERIZOLLI, E. D.; TEIXEIRA, R. M. Perfil sociodemográfico, ocupacional e avaliação das condições de saúde mental dos trabalhadores da Estratégia Saúde da Família em um município do Rio Grande do Sul, RS. Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade, v.11, n. 38, p. 1-12, jan./dez, 2016.

NEY, M. S.; RODRIGUES, P. H. A. Fatores críticos para a fixação do médico na Es-tratégia Saúde da Família. Physis. v. 22, n. 4, p. 1293-311, 2014.

NUNES, E. F. P. A.; SANTINI, S. M. L.; CARVALHO, B.G.; CORDONI JÚNIOR, L. Força de trabalho em saúde na Atenção Básica em Municípios de Pequeno Porte do Paraná. Saúde Debate, v. 39, n. 104, p. 29-41, 2015.

RAZALI, N. M.; WAH, Y. B. Power comparisons of Shapiro-Wilk, Kolmogorov-Smirnov, Lilliefors and Anderson-Darling tests. J Stat Model Analytics, v. 2, n. 1, p. 21-33, 2011.

RENNER, J. S.; TASCHETTO, D. V. R.; BAPTISTA. G. L. Qualidade de vida e satisfação no trabalho: a percepção dos técnicos de enfermagem que atuam em ambiente hospitalar. Rev. Min. Enferm., v. 18, n. 2, p. 440-446, abr./jun. 2014.

ROBAZZI, M. L. C. C.; MAURO, M. Y. C, SECCO, I. A. O.; DALRI, R. C. M. B.; FREITAS, F. C. T.; TERRA, F. S. Alterações na saúde decorrentes do excesso de trabalho entre trabalhadores da área de saúde. Rev. Enf. UERJ, v. 20, n. 4, p. 526-32, 2012.

ROBAZZI, M. L. C. C.; MAURO, M. Y. C.; DALRI, R. C. M. B.; SILVA, L. A.; SECCO I. A. O.; PEDRÃO, L. J. Exceso de trabajo y agravios mentales a los trabajadores de la salud. Rev. Cubana Enferm., v. 26, n. 1, p. 52-54, 2010.

SCHEFFER, M.; CASSENOTE, A.; GUILLOUX, A. G. A.; BIANCARELLI, A.; MIOTTO, B. A.; MAINARDI, G. M. Demografia médica no Brasil 2018. São Paulo: Departamento de Medicina Preventiva; Faculdade de Medicina da USP, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Conselho Federal de Medicina, 2018.

SILVA, C. C. S.; RODRIGUES, L. M. C.; SILVA, V. K. B. A.; SILVA, A. C. O.; SILVA, V. L. A.; MARTINS, M. O. Percepção da enfermagem sobre condições de trabalho em unidades de saúde da família na Paraíba – Brasil. Rev. Eletr. Enf. v. 15, n. 1, p. 205-14, 2013.

SILVA, E. A. D.; da Cruz, A. C. A. Qualidade de vida de trabalhadoras da saúde no contexto da pandemia de Covid-19. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 5, p. 2527–2547.

SILVA, S. E. M.; MOREIRA, M. C. N. Equipe de saúde: negociações e limites da autonomia, pertencimento e reconhecimento do outro. Ciênc. Saúde Coletiva, v. 20, n. 10, p. 3033-42, 2015.

TAVAKOL, M.; DENNICK, R. Making sense of Cronbach's alpha. J Med. Educ., v. 2, p. 53-55, 2011.

TELES, M. A. B.; BARBOSA, M. R.; VARGAS, A. M. D.; GOMES, V. E.; FERREIRA, E. F.; MARTINS, A. M. E. B. L.; FERREIRA, R. C. Psychosocial work conditions and quality of life among primary health care employees: a cross sectional study. Health and Quality of Life Outcomes, v. 12, n. 72, 2014.

TRINDADE, L. L.; PIRES, D. E, P.; AMESTOY, S. C.; FORTE, E. C. N.; MACHADO, F. L, BORDIGNO, M. M.Trabalho na estratégia da saúde da família: implicações nas cargas de trabalho de seus profissionais. Cogitare Enfermagem, v. 19, n. 3, p. 528-535, jul./set. 2014.

VIEIRA, N. P. Gestão do trabalho em saúde: planos de carreira, cargos e salários co-mo demanda histórica na saúde pública e características de sua implantação em municí-pios paulistas. Tese [Doutorado em Saúde Coletiva] - Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2014.

VIEIRA, S. P.; PIERANTONI, C. R.; MAGNAGO, C.; FRANÇA, T.; MIRANDA, R. G. Planos de carreira, cargos e salários no âmbito do Sistema Único de Saúde: além dos limites e testando possibilidades. Saúde Debate, v. 41, n. 112, p. 110-21, 2017.

Downloads

Publicado

09-10-2023

Como Citar

GOMES, Adriana Batista Gonçalves; MAIA, Ludmila Grego; RIBEIRO, Beatriz Maria dos Santos Santiago; MAIA, Hugo Machado Sanchez Ludmila Grego; DO NASCIMENTO, Ana Carolina Mesquita; DOS SANTOS, Sérgio Valverde Marques; DA SILVA, Luiz Almeida. FATORES ASSOCIADOS A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 10, p. 5549–5571, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i10.2023-008. Disponível em: https://unipar.openjournalsolutions.com.br/index.php/saude/article/view/10656. Acesso em: 16 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos