REALIDADE EPIDEMIOLÓGICA DA MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO NORDESTE BRASILEIRO, DE 2015 A 2019

Autores

  • Luís Carlos Machado e Silva Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Ananda Medeiros de Oliveira Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Ana Carolina Ribeiro de Araujo e Araujo Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Isabella Mota Santa Rosa Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Jefferson Rummenigge Nascimento Campos Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Sueli de Souza Costa Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Laura Rosa Carvalho Dias Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Gleydstone Teixeira Almeida Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • José Alberto Pereira Pires Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Jacira do Nascimento Serra Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • José Mário de Menezes Filho Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Consuelo Penha Castro Marques Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i10.2023-010

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Epidemiologia, Saúde Coletiva

Resumo

Com grande impacto social por alta mortalidade e morbidade no Brasil e no Mundo, o AVC continua em destaque dentre as Doenças Crônicas Não transmissíveis. Visando oferecer subsídios técnico-científicos sobre o perfil epidemiológico desta patologia no Nordeste, este artigo consiste em um estudo de corte transversal, quantitativo, epidemiológico, de série temporal, entre os anos de 2015 a 2019, tendo por base os dados disponibilizados na plataforma DATASUS. Evidenciou-se que o ano de 2019 foi o ano com maior número de internações por esta patologia, predominando em homens. No entanto, as mulheres tiveram mais óbitos. A raça mais acometida foi a parda, com mais de 82% das internações e mais de 83% dos óbitos. Os óbitos ocorreram em todas as faixas etárias, predominando nos mais idosos. O Estado com maior quantitativo de óbitos foi a Bahia, também o mais populoso do estudo. O perfil epidemiológico geral, do paciente acometido por AVC na região Nordeste do Brasil no período avaliado, foi, homem, com idade mais avançada (a partir de 60 anos), pardo, permanecendo cerca de 7,8 dias internados. O custo total desse período, com internações por AVC, foi de R$278.874.426.3, certamente, um custo bastante oneroso ao nosso sistema de saúde. As unidades federativas com maior acometimento são também as mais populosas. Percebendo-se que, por se tratar de uma doença prevenível, com graves sequelas e que causam grandes prejuízos pessoais, sociais e econômicos, torna-se relevante que o sistema público de saúde adote rigorosas medidas para sua prevenção.

Referências

ALMEIDA, W. S.; JUCÁ, R. V. B. M.; CASTRO, S. S. Epidemiologia do acidente vascular cerebral em Fortaleza: um levantamento de dados de 10 anos a partir do DATASUS. 2018. Artigo. (Graduação em Fisioterapia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39675

ALVES, Nágila Silva; DO NASCIMENTO PAZ, Francisco Adalberto. Analise das princi-pais sequelas observadas em pacientes vítimas de acidente vascular cerebral-AVC. Revista da FAESF, v. 2, n. 4, 2019.

AMORIM, Anne Caroline Coelho Leal Árias. Paradigmas e modelos na formação à aten-ção primária à saúde no Brasil e em Portugal: estudo comparado. 2019. 202 f., il. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Universidade de Brasília, Brasília, 2019. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/37403

AVEZUM, Álvaro et al. Como podemos evitar uma crise de AVC na América Latina?. 2011.

CANUTO, Mary Ângela; NOGUEIRA, Lídya Tolstenko. Acidente vascular cerebral e qualidade de vida: uma revisão integrativa. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 7, n. 2, p. 2561-2568, 2015.

CARNEIRO, Camila C. INVESTIGAÇÃO DA EFETIVIDADE DA UNIDADE DE ATA-QUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO EM JOINVILLE- SC. Dissertação Mestrado. Universi-dade da Região de Joinville. 2019.

CARVALHO, Vergílio Pereira et al. Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com aci-dente vascular cerebral. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 13, n. 15, 2020.

CERANTOLA, Rodrigo Barbosa. Avaliação do impacto dos Protocolos de Pesquisa Clíni-ca em Pacientes com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico em um Hospital de nível ter-ciário de Urgências e Emergências. 2019. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

DA SILVA, Pedro Marques. Evitar o acidente vascular cerebral: um desejo e uma respon-sabilidade partilhada. 2013.

DE CARVALHO, Maria Iasmin Félix et al. Acidente vascular cerebral: dados clínicos e epidemiológicos de uma clínica de fisioterapia do sertão nordestino brasileiro. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, v. 2, n. 6, 2015.

DE LECIÑANA, M. Alonso et al. Guía para el tratamiento del infarto cerebral agudo. Neu-rología, v. 29, n. 2, p. 102-122, 2014.

DOS SANTOS, Lucas Bezerra; WATERS, Camila. Perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por acidente vascular cerebral: revisão integrativa/Perfil epidemiológico de pacientes con accidente cerebrovascular: una revisión integradora. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 1, p. 2749-2775, 2020.

FERNANDES, S. Ciências da Saúde Importância dos fatores de risco não clássicos na incidência do acidente vascular cerebral. 2019.

FERREIRA, G. L.; FLYNN, M. N. Artigo Original Artigo Original. v. 2, p. 128–139, 2012.

GAGLIARDI, R. J. Acidente Vascular Cerebral ou Acidente Vascular Encefálico? Revista Neurociências, v. 18, n. 2, p. 131–132, 2001.

GOTTLIEB, M. G. V.; MORASSUTTI, A. L.; DA CRUZ, I. B. M. Transição epidemiológica, estresse oxidativo e doenças crônicas não transmissíveis sob uma perspectiva evolutiva. Scientia Medica, v. 21, n. 2, p. 69–80, 2011.

GOUVEIA, C. S. Qualidade na abordagem e tratamento do doente com Acidente Vascular Cerebral Isquémico XIII Curso de Mestrado em Gestão da Saúde. 2019.

ISTILLI, Plinio Tadeu et al. Avaliação da mortalidade prematura por doença crônica não transmissível. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. 2, 2020.

LENZ, Greice de Souza. Acidente vascular cerebral: custos no SUS no Rio Grande do Sul de 2007 a 2017. 2019.

LOPES, Monique da Silva. Avaliação da morbidade e mortalidade por doenças crônicas: um estudo com foco no PMAQ-AB. 2018. Dissertação de Mestrado. Brasil.

NETO, Fernando de Paiva Melo et al. Acidente vascular encefálico isquêmico e suas correlações anatomoclínicas. EDITORES ASSOCIADOS, p. 17, 2020.

PAULO, Rodrigo Bomeny de et al. Acidente vascular cerebral isquêmico em uma enfer-maria de neurologia: complicações e tempo de internação. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 55, n. 3, p. 313-316, 2009.

PINTO, Tanira Andreatta Torelly. Triagem, estratificação de risco e unidade vascular co-mo formas de otimização do atendimento de pacientes com síndrome vascular em serviço de emergência. 2009.

RADANOVIC, Márcia. Características do atendimento de pacientes com acidente vascular cerebral em hospital secundário. Arquivos de Neuro-psiquiatria, v. 58, n. 1, p. 99-106, 2000.

SALA, Arnaldo. As doenças do aparelho circulatório no Estado de São Paulo. BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista (Online), v. 8, n. 88, p. 29-36, 2011.

SCHMIDT, Michelle Hillig et al. Acidente vascular cerebral e diferentes limitações: uma análise interdisciplinar. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 23, n. 2, 2019.

WHO. Word Health Organization. World Health Statistics. 2008. 110p. Disponível em: <http://www.who.int/gho/publications/world_health_statistics/EN_WHS08_Full.pdf >.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Características gerais dos domicílios e dos moradores 2019. Mai 2020. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101707_informativo.pdf

Downloads

Publicado

10-10-2023

Como Citar

E SILVA, Luís Carlos Machado et al. REALIDADE EPIDEMIOLÓGICA DA MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO NORDESTE BRASILEIRO, DE 2015 A 2019. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 10, p. 5588–5602, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i10.2023-010. Disponível em: https://unipar.openjournalsolutions.com.br/index.php/saude/article/view/10544. Acesso em: 16 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos