FACETAS DE DESGASTE POR ATRIÇÃO EM CRIANÇAS BRASILEIRAS E MÁ OCLUSÃO: UM ESTUDO TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i9.2023-014Palavras-chave:
Crianças, Desgaste Dentário, Facetas de Desgaste, Má OclusãoResumo
O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre facetas de desgaste por atrição e má oclusão em escolares brasileiros. Este estudo transversal realizado com 433 escolares de 8 a 10 anos, junto a seus pais/responsáveis, das redes pública e privada na cidade de Diamantina. Informações sobre sociodemográfico da família da criança e saúde geral da criança foram colhidos a partir de um questionário previamente estruturado, direcionado aos pais/cuidadores. Foram realizados exame intrabucal em cada criança para avalição da presença de facetas de desgaste por atrição, perda de tecido dentário por erosão, ausência/presença de má oclusão e traumatismo dentário. Os resultados foram obtidos a partir da análise descritiva de frequência absoluta e relativa dos dados e analise de Regressão de Poisson (IC 95%; p<0,05). Os resultados mostraram uma prevalência de crianças com facetas de desgaste de 73,7%, a sobressaliência anterior superior (RP= 1,16; IC: 95%; 1,03-1,31; p= 0,014) e a relação molar (RP=1,15; IC 95%: 1,00–1,29; p=0,030) associadas a presença de facetas de desgastes por atrição, e o apinhamento dentário (RP: 0,87; IC: 95%; 0,78-0,98; P= 0,023) um fator de proteção para a facetas de desgaste em escolares, independentemente do sexo e idade da criança. Os resultados do presente mostraram que a alta prevalência de facetas de desgaste, sendo a sobressaliência anterior superior e a relação molar associadas a presença desse desgaste dentário. Dessa forma, os dados sinalizam a necessidade dos cirurgiões-dentistas estarem atentos a presença de desgaste fora dos padrões fisiológicos e relacionados a presença de má-oclusão.
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