DISTANCIAMENTO SOCIAL NA COVID-19: ANÁLISE DOS CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL EM UM MUNICIPIO DE TRIPLICE FRONTEIRA DURANTE A PANDEMIA
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i7.2023-030Palavras-chave:
Violência, Isolamento Social, COVID-19, Saúde na Fronteira, EpidemiologiaResumo
Durante a pandemia da COVID-19, o distanciamento social e a quarentena tiveram um impacto significativo no aumento do número de casos de violência sexual. Embora essas medidas tenham sido essenciais para conter a propagação do vírus, elas também criaram um ambiente propício para o aumento da violência doméstica e sexual. Este estudo teve como objetivo identificar o perfil dos casos de violência sexual notificados no município de Foz do Iguaçu durante o período da pandemia da Covid-19 (2020 a 2022). Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e exploratória de caráter quantitativo, realizado com as fichas de notificação compulsória dos casos de violência sexual, da vigilância epidemiológica do município de Foz do Iguaçu-PR, durante os anos de 2020 a 2022. Identificou-se predomínio de violência sexual no sexo feminino, com idade entre 1 a 15 anos. O primeiro trimestre de 2020 e 2021 tiveram maiores números de registros. Os agressores em sua maioria foram conhecidos, padrastos e o pai. A maioria dos casos ocorreram na própria residência. O distanciamento social e a quarentena criaram condições propícias para o aumento desses casos, colocando as vítimas em situações de maior vulnerabilidade e limitando seu acesso a recursos de apoio.
Referências
ARIES, P. História Social da Criança e da Família. Trad. Dora Flsksman. 2ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981. 227 p.
AZAMBUJA, M. R. F. Violência Sexual intrafamiliar. É possível proteger a crian-ça? Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004. 153 p.
AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. A. Infância e Violência Doméstica. São Paulo: IV TELELACRI/ IPUSP, 1997. 274 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Novo boletim epidemiológico aponta casos de violên-cia sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. 2023. Disponível em: <https://tinyurl.com/2sjrrdz7> Acesso em: 31 mai. 2023.
CACERES, F. História Geral. 4ed. São Paulo: Editora Moderna, 1996. 451 p.
CERQUEIRA, D.; et al. Atlas da Violência. 2018. Disponível em < l1nq.com/gUr0v> Acesso em: 9 mai. 2022.
FERREIRA, A. L. Atendimento a crianças vítimas de abuso sexual: Avaliação de um serviço público. 2002. 273 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2002.
FERREIRA, M. H. M.; AZAMBUJA, M. R. F. D. Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Rio de Janeiro: Artmed, 2011. 392 p.
FREITAS, M. L.; FARINELLI, C. A. As Consequências Psicossociais da violência se-xual. Rev. Em Pauta. 37 (14), 2016, 270-295.
GARCIA, M. F. Brasil Ocupa 2 Lugar no Ranking Mundial de Exploração sexual de crianças. 2021. Disponível em< l1nq.com/JhJrh> Acesso em 07 jul 2022.
HUERTAS. J. A. D.; et al. Atención al Maltrato Infantil desde el ámbito sanitario en la Comunidad de Madrid. 1998. Disponível em < l1nq.com/BaqvW> Acesso em 08 abr. 2022.
LINDA, E. G. K.; et al. Relatório Mundial sobre violência e saúde. 2002. Disponível em< l1nq.com/rHllM> Acesso em 11 abr. 2022.
MARTINS; C. B. G.; JORGE; M. H. P. M. Maus-Tratos infantis: um resgate da his-tória e das políticas de proteção. 2010. Disponível em< l1nq.com/OIVcG> Acesso em 12 maio 2022.
MODENA, M. R. Conceitos e Formas de Violência. 2016. Disponível em < l1nq.com/MHEwc> Acesso em: 04 mar. 2022.
MOTTA, D. Uma Análise da Adolescência ao Longo da História. 2010. Disponível em< https://siteantigo.faperj.br/?id=1654.2.5> Disponível em: 29 mar. 2022.
OLIVEIRA, F. G. Atuação do Enfermeiro Frente à Criança/Adolescente vítima de abuso sexual. 2021. Disponível em < l1nq.com/Q8mJq> Acesso em 12 mai. 2022.
OLIVEIRA, I. S. Trajetória histórica do abuso sexual contra crianças e adolescentes. 2016. Disponível em:< encurtador.com.br/rwHOS> Acesso em 08 abr. 2022.
PAGNI, P. A. Infância, Arte de Governo Pedagógica e Cuidado de Si. 2010. Dispo-nível em < l1nq.com/kgbpy> Acesso em: 19 abr. 2022.
PARANÁ. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Bebês estão entre as maiores vítimas de violência contra a criança e adolescente durante a pandemia no Paraná. 2021. Disponível em: Acesso em: 07 abr. 2022.
RICHTER, T. T.; COSTA, J. V.; SILVA, T. M. G. Caracterização das notificações de violência contra mulheres em um município do interior do Paraná, 2015 a 2019. Arqui-vos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v.27, n.5, p.3415-3432, 2023.
ROSAS, F. K.; CIONEK, M. I. G. D. O Impacto da Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes na Vida e na Aprendizagem. Disponível em< l1nq.com/0zbR0> Acesso em: 28 abr. 2022.
SOUZA, A. F. Manual de Direito Policial. Disponível em< l1nq.com/srwBm> Acsso em 24 abr. 2022.
SOUZA, F. M.; SILVA, L. S. Violência sexual: compreensões teóricas e ações para o enfrentamento. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 6(2), 168-184, 2021.
TAUFFER, J.; et al. Perfil dos casos de violência interpessoal / autoprovocada atendidos em um hospital público do Paraná, 2014 a 2018. Journal of Epidemiology and Infec-tion Control, [Sl], v. 10, n. 1, fev. 2020. ISSN 2238-3360.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
