O Papel do Professor no Contexto Histórico de um Povo

Resumo

Cada vez mais a escola e os professores estão tomando para si mesmos o desafio de garantir o sucesso de seus alunos na escola, afinal caso os alunos não estejam aprendendo, temos como agentes de mudança da ordem social da educação, que assumir esse problema para nós e não “devolver a culpa” aos alunos, à família e/ou as condições sócio-culturais e econômicas em que eles vivem. Assim, o tema nos convida a uma reflexão a respeito dos aspectos gerados na escola e na própria sala de aula, que contribuem com a qualidade do contexto histórico em que a educação encontra-se inserida contemporaneamente, no qual não podemos nos esquecer que os excluídos da escola, geralmente, são também os mesmos que sofrem no processo de exclusão social. Diante destas questões, mister se faz uma análise mais aprofundada a respeito do papel do professor no contexto histórico de um povo, pois afinal de contas, o importante é que os alunos aprendam na escola para a vida, e não com a vida, para que conseqüentemente possam ser capazes de agir e pensar por si próprios, frente às vicissitudes que o amanhã poderá se lhes apresentar. No entanto, atualmente, esses aspectos não são distintos entre si, muito menos excluem os valores e atitudes que permeiam a relação entre os professores e os alunos. Portanto, torna-se fundamental que ao discutirmos as situações da qualidade do ensino-aprendizagem, em qualquer área do conhecimento considerada essencial para a aprendizagem dos alunos, não nos esqueçamos, por exemplo, que enquanto nossos alunos aprendem história ou matemática, aprendem também “outras coisas”, igualmente importantes. Aprendem sobre a sua própria condição de aprendiz – potencialidades, dificuldades, interesses... – e assim vão construindo um auto-conhecimento que, por sua vez, definirá suas atitudes em relação a vida, não só dentro da escola. Eis, pois, o desafio maior diante do qual os professores reflexivos, hoje em dia se defrontam: ser “aquele profissional que sabe colocar as suas competências em ação em qualquer situação, capaz de ‘refletir em ação’ e de adaptar-se dominando qualquer tipo de situação, ajustando-se a cada demanda, ao contexto ou a problemas complexos e variados”. PERRENOUD (2001).