A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS NO PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA ÓTICA DA TEORIA PSICANALÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.25110/akropolis.v32i1.2024-11152Palavras-chave:
Figura Materna, Figura Paterna, Ludoterapia, Psicoterapia, PsicanáliseResumo
Esse artigo trata-se de um Trabalho de Conclusão de Curso, onde considerando que a psicoterapia infantil de perspectiva psicanalítica é uma técnica de grande importância no contexto clínico, pois permite que a criança explore seu mundo interno por meio do brincar, expressar as angústias, desejos e fantasias, possibilitando assim a adaptação ao ambiente externo, e ao compreender que os pais desempenham um papel fundamental no desenvolvimento infantojuvenil, ponderou-se sobre a necessidade de abranger estudos acerca dos impactos da participação destes na psicoterapia de crianças e adolescentes. Desse modo, o presente artigo propõe-se a discutir acerca da importância da participação dos pais ou responsáveis no processo psicoterapêutico de crianças e adolescentes e o impacto desta no decorrer dos atendimentos, partindo de um enfoque psicanalítico e realizando um delineamento dos principais autores que abordam sobre o tema, como Melanie Klein, Freud, Winnicott e Aberastury, dispondo de reflexões acerca das Figuras Materna e Paterna e a Clínica Psicanalítica Infantil. Nota-se que a participação dos pais ou responsáveis contribuem grandemente para a psicoterapia de crianças e adolescentes, possibilitando a compreensão do surgimento da demanda do paciente, a dinâmica familiar, seus anseios e resistências, os avanços provenientes ao início da psicoterapia, bem como a contribuição dos pais para com o tratamento.
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